quarta-feira, 30 de julho de 2014

Locais prováveis a visitar nas férias de 2014

Povoação anterior aos romanos e implantada em privelegiado local estratégico, Elvas passou a integrar definitivamente o território de Portugal com o rei D. Sancho II em 1228. Zona de fronteira desde o século XII devido às vicissitudes da história, foi fortemente marcada pela sua fundação militar, o que a torna hoje um verdadeiro museus de fortificações de várias épocas. Elevada a cidade por D. Manuel I em 1513 e sede episcopal de 1570 a 1881, aqui se fizeram casamentos ilustres que seleram alianças ibéricas, como o dos futuros reis D. João IV com D. Luísa de Gusmão Medina-Sidónia, e D. José I com D. Maria Ana Victória, Infanta de Espanha. O centro história da praça forte de Elvas é abraçado pelas impotentes muralhas seiscentistas que desde então defenderam i oaís da invasão estrangeira. Exemplo nitável da primeira tradição holandesa de arquitectura militar, estas muralhas desenhadas pelo jesuíta holandês Cosmander juntamente com os Fortes da Graça e Santa Luzia e os fortins, fazem de Elvas o maior conjunto de fortificações abaluartadas do mundo. Assim, deixamos aqui algumas sugestões para uma visita a Elvas. Castelo de Elvas Actualmente em forma de quadrilátero, foi mandado reedificar em 1226, por D. Sancho II, tendo sofrido modificações e aumentos, nomeadamente com D. Dinis, D. João II e D. Manuel. A entrada de alcáçova faz-se por uma porta aberta na muralha, entre as duas torres principais, ameadas, sendo a da esquerda a Torre de Managem, reconstruída em 1488. Regista as adaptações da fase de transição para o sistema abaluartado. Visitas: Encerra a 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro. Horário: das 9:30 às 13 horas e das 14:30 às 17:30 horas Museu de Arte Contemporânea de Elvas O Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE) foi inaugurado em Julho de 2007, estando instalado no antigo Hospital da Misericórdia de Elvas, notável construção tardo-barroca dos meados do século XVIII. Este, integra a rede de equipamentos culturais da Câmara Municipal de Elvas e possui uma equipa de investigação e pedagógica própria e acolhe, em depósito, a Colecção de Arte Contemporânea portuguesa do Dr. António Cachola. A colceção desenvolvida desde finais dos anos 90, actualmente com mais de três centenas de peças e em crescimento contínuo, tem um carácter abrangente e didáctico, sendo um estímulo para a criação de novas realidades culturais. A colecção António Cachola não tem limites disciplinares, temáticos ou estéticos e pretende proporcionar uma visão global das realidades históricas e criticamente produtivas definidas em trabalhos de artistas revelados ou firmados entre os anos 80 do século passado e da actualidade. Endereço: Rua da Cadeia s/n | Tel. (00351 268 637 150) Visitas: de Terça-feira a Domingo Horário: das 10 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas Biblioteca Municipal de Elvas Foi fundada em 1880. Ocupa cerce de 300 m.l., integrando os seguintes fundos: O arquivo da Câmara Municipal de Elvas, que contém toda a documentação relativa aos órgãos do município, serviços administrativos e regulamentação do Concelho, situado num período cronológico entre 1434 a 1938. Este fundo inclui ainda documentação vária na área económica, da justiça, obras, educação e cultura, que abrange toda a história da cidade, sendo os documentos mais antigos a colecção de 85 pregaminhos, cujo primeiro marco cronológico é o ano de 1341. A biblioteca inclui, igualmente uma colceção de periódicos do século XIX, uma das mais importantes e melhor conservada a sul e Portugal, assim como uma vasta bibliografia de interesse histórico e cultural. Endereço: Rua dos Apóstolos Visitas: de Terça-feira a Sábado Horário: das 9 às 12.30 horas e das 14 às 17.30 horas Museu Militar e Forte de Santa Luzia Situado a sul da cidade de Elvas, apresenta-se como uma das obras que constitui a linha de defesa da Praça Militar de Elvas. Hoje, este espaço militar, edificado em 1641, integra o Museu Militar. Este espaço museológico tem patente uma exposição permanente, que se desenvolve ao longo de seis núcleos, antigas casamatas, onde estão expostos desde objectos usados pelas guarnições no quotidiano da praça forte, até ao armamento e equipamento militar de diferentes épocas. A exposição é complementada por um conjunto de equipamento multimédia, num percurso que permite aos visitantes conhecer a história militar de Elvas, desde as suas origens, Idade Média, Restauração, séculos XVII a XIX e a sua arquitectura militar. Visitas: de Terça-feira a Domingo Horário de Verão: das 10 às 13 horas e das 15 às 19 horas Horário de Inverno: das 10 às 13 horas e das 15 às 17 horas Museu Municipal da Fotografia João Carpinteiro O espólio fotográfico apresentado data dos inícios do século XX, do qual se destaca uma colceção de máquinas fotográficas, chapas de vidro, os primeiros flash e fotografias, produto de colceção particular, iniciada nos anos 69 e 70. Este espaço dispõe, igualmente, de um banco de imagens sobre arquitectura militar, religiosa, fontes e quintas de Elvas, um laboratório, bem como uma sala de exposições temáticas. São também ministrados cursos de fotografia. Endereço: Largo Luís de Camões Visitas: de Terça-feira a Domingo Horário de Verão: das 10 às 13 horas e das 15 às 19 horas Horário de Inverno: das 10 às 13 horas e das 14 às 17 horas Museu Militar de Elvas (antigo Regimento de Infantaria n.º 8) O Museu Militar ocupa um quarto da muralha seiscentista de Elvas (século XVII), o Convento e claustro de São Domingos (séculos XIII e XIV) e incorpora no seu interior três das quatro partes restantes, da muralha fernandina (século XIV), terceira cintura de muralhas da cidade de Elvas. Ocupa uma área total de 150.000m2, sendo a sua área coberta cerca de 11.000m2. As instalações do museu, por si só e com a carga histórica que albergam, constituem um valiosíssimo testemunho, por onde passaram algumas páginas mais importantes da história da cidade de Elvas e de Portugal. O visitante pode apreciar a colceção de Arreios disposta em cinco salas, a collecção do Serviço de Saúde do Exército em mais cinco e uma sala com exposição de Hipomóveis militares. Endereço: Largo de São Domingos Visitas: de Terça-feira a Domingo, excepto nos dias 1 de Janeiro, domingo de Páscoa, 1.º de Maio e 25 de Dezembro. Horário Verão: das 14 às 18 horas Horário de Inverno: das 10 às 12.30 horas e das 14 às 17.30 horas Museu de Arte Sacra e Casa do Cabido Distribuído por dois andares do edifício, o museu abrange mais de uma centena de peças, agrupadas em vários núcleos que, de certo modo, espelham a dinâmica e o esplendor da vida religiosa elvense e da sua catedral, enquando foi o centro e o motor da diocese. A sala capitular, era próprio objecto museológico, domina o conjunto, com a sua típica decoração setecentista e mobiliário da época. A liturgia sacramental constitui um primeiro núcleo reunindo um número apreciável de alfaias directamente relacionadas com a celebração dos sacramentos. Outro engloba variados aspectos de vida devocional. A uma amostragem de antigos livros litúrgicos e de raros exemplares de cantochão, segue-se, no final, um pequeno núcleo de paramentaria, deste núcleos, todavia, não é demasiado exclusiva, antes permitindo uma adaptação à estrutura do edifício, mantido na sua forma original, e as melhores condições de visibilidade e fruição. Endereço: Largo do Poente Visitas: de Terça-feira a Domingo Horário: das 10 às 12:30 horas e das 14 às 17 horas Praça da Republica e Igreja da Sé É o centro de todo o centro histórico elvense. Nela se encontram a Igreja de Nossa Senhora da Assunção (antiga Sé), casas apalaçadas com vários séculos de existência. Quando foi elevada a cidade no reinado de D. Manuel I, muitas obras se efectuaram, levando a cidade a sede de bispado e a ser considerada a quarta maior cidade do país no final do séc. XVI. Uma das obras efectuadas foi a abertura da Praça Nova depois da construção da Sé. A partir daí a Praça Nova ganha importância e passa a ser o centro de vida da cidade. Em 1886 passa a chamar-se Praça do Príncipe D. Carlos e em 1910 passa a Praça da Republica e é hoje um local de passagem obrigatória para o turista. Santuário do Senhor Jesus da Piedade É o centro de uma das maiores romarias do Alentejo, a Feira de São Mateus (entre 20 e 30 Setembro). Erguido em 1737. Conta a lenda que em 1736, o Padre Manuel Antunes pároco de Elvas quando passeava de mula por ali caiu duas vezes ficando bastante abalado. Com dificuldade dirigiu-se a um Cruzeiro de madeira que aí havia no sítio da Saúde (local onde antes morrera o lavrador da Torre das Arcas). Na sua oração, fez a promessa de aí mandar rezar uma missa e pintar a cruz. A promessa foi cumprida após as suas melhoras. Um ano depois no dia de Reis e já com muita gente a assistir recolocou-se a cruz começando o sítio a ser invocação do Senhor Jesus da Piedade. Aumentando a devoção popular construiu-se um nicho para a imagem e mais tarde uma ermida. Organizadas festas e romarias houve necessidade de um templo maior (o actual). Forte da Graça No alto do monte onde, desde 1482 existiu uma ermida de Nossa Senhora da Graça, fundada pela bisavó de Vasco da Gama, foi considerado fundamental para que se fechasse o circuito defensivo da praça de Elvas. O próprio conde Lippe se encarregou de conceber o forte que começou a ser construído em 1763. A eficácia deste forte, que comportava cerca de 80 bocas de fogo e que era considerado inexpugnável, requeria, para sua defesa 1000 a 1200 soldados de infantaria, 200 artilheiros e 100 mineiros. Poços a circundar a fortificação e galerias subterrâneas, conduzindo algumas para fora da fortaleza, são alguns dos elementos com que estão dotados os complexos sistemas de defesa que foram concebidos e se encontram no Forte de Lippe. É na realidade uma obra-prima, considerado um expoente máximo da arquitectura militar do séc. XVIII. Chegou a afirmar-se que a arte de fortificar se esgotou aqui completamente. Padrão da Batalha das Linhas de Elvas No séc. XVII, Elvas vai ser mais uma vez local de confrontos entre Espanha e Portugal. Depois de ganha a Restauração em 1640, o nosso país esperava uma invasão castelhana. A nova Elvas fortificada estava agora preparada para a guerra. Em 1657 o exército inimigo faz perdas consideráveis aos habitantes de Elvas, Vila Viçosa e Monsaraz. Depois de várias investidas em Badajoz o exército português é obrigado a retirar. A 22 de Outubro de 1658 Elvas está sitiada por D. Luiz de Haro. André de Albuquerque e Afonso Furtado dirigem-se para Estremoz para organizar um exército de socorro. A fome e o desespero invadiam a população, os feridos eram aos milhares. O cerco continuava. No dia 11 de Janeiro de 1659 sai de Estremoz o reforço à praça elvense, composto por 8 000 infantes divididos em 16 esquadrões, comandados pelos generais de cavalaria André de Albuquerque e de Infantaria Rodrigo de Castro e o Conde Mesquitela. Na manhã de 14 de Janeiro de 1659 a batalha começa, a luta durou muitas horas até serem cortadas as linhas e derrotado o inimigo. A vitória portuguesa impediu o avanço das tropas espanholas pelo território português. No local da Batalha das Linhas de Elvas foi erguido de seguida, ainda em 1659, um padrão em honra aos que nela combateram e morreram. Aqueduto O Aqueduto da Amoreira aparece-nos sempre, em parceria com as fortificações, como o grande símbolo de Elvas. A sua construção deveu-se aos problemas de abastecimento de água que a cidade há muito padecia. É uma obra com 7054 metros da amoreira até à muralha, percorre depois 450 metros até à fonte da vila, no Largo da Misericórdia onde a água jorrou pela primeira vez em 1622. Os 1113 metros que leva a percorrer o vale de S. Francisco são efectivamente de grande beleza. Quatro ordens de arcos com 31 metros de altura, suportados por contrafortes e gigantes de várias formas. Chega a ter galerias subterrâneas a passar pelos 6 metros de profundidade. Tem em todo o seu percurso 843 arcos. A seguir a Francisco de Arruda a direcção das obras passou por Afonso Álvares, Diogo Marques e Pêro Vaz Pereira. Foi uma obra onerosa e demorada. Desde o “real d’água” até à multa de 10 cruzados para quem faltasse à procissão do Corpo de Deus, tudo revertia para a obra.Os elvenses tudo fizeram para a concluir. Outros monumentos a visitar: - Pelourinho; - Torre Fernandina; - Igreja de São Domingos; - Igreja das Domínicas ou de Nossa Senhora da Consolação; - Porta do Templo; - Arco Miradelo; - Igreja de Santa Maria de Alcáçova; - Igreja da Ordem Terceira de São Francisco; -Convento de Santa Clara; - Igreja de São Pedro; - Fonte de São Lourenço; - Jardim das Laranjeiras; - Fonte da Misericórdia; - Igreja de Nossa Senhora das Dores; - Igreja da Misericórdia.